Somente nas celebrações ou agendadas por telefone
Gratuita
1 hora
Não
Religião: Ortodoxa

Edificado em 1937 por exilados russos que buscavam refúgio das perseguições iniciadas em decorrência da revolução, o pequeno e único templo em honra a Santa Mártir Zenaide já conta com sete décadas de vida paroquial.

A Igreja de Santa Mártir Zenaide está atualmente sob jurisdição da Diocese da Argentina e América do Sul, Patriarcado de Moscou e toda a Rússia, dirigida pelo Bispo Leonid (Gorbachov). Seu atual reitor é o Rev. Presbítero Sergey Malashkin.


Celebrações: A agenda da Igreja é variável e montada mensalmente. Acesse o site oficial para mais informações

pontos positivos
  • A recepção de sinal para celulares é razoável
  • Banheiros
  • Bancos, cadeiras ou locais para descanso
  • A Igreja está localizado próximo a região de hotéis, hostels, pousadas e acomodações em geral
  • A segurança no entorno da Igreja geralmente é boa
  • A segurança no interior da Igreja geralmente é boa

pontos negativos
  • Não possui acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção e cadeirantes
  • Não possui bicicletário
  • Próximo a Igreja não existem ciclovias e/ou faixas compartilhadas, o que não impossibilita mas dificulta a visita para ciclistas
  • Não possui estações para aluguel de bikes nas proximidades
  • Não existem opções de quiosques, lanchonetes ou restaurantes no entorno da Igreja
  • Próximo a Igreja não existe nenhuma opção de comércio (farmácias, lojas, mercados, etc)
  • Não possui telefone público
  • As opções de transporte público são um pouco afastadas da Igreja
  • Não permite visitação livre, somente nos horários das celebrações ou agendadas

restrições
  • Não é permitida a entrada de animais domésticos

o que fazer
  • Conhecer um templo histórico que data de 1917
  • Assistir a celebrações

onde estacionar

Atenção: Este site não se responsabiliza por quaisquer problemas ou danos ocasionados no veículo estacionado nos locais aqui indicados, públicos ou particulares, seja por novas regras, exigências ou alterações (incluindo, mas não se limitando, a extinção de vagas ou estacionamentos públicos) que a Prefeitura Municipal da Cidade do Rio de Janeiro venha a fazer, ou que sejam causados por terceiros. As informações aqui expostas servem somente para efeitos de planejamento devendo ser verificadas no local quando necessárias, inclusive as regras de estacionamentos particulares.

como chegar
  • Veículos particulares
  • Táxis
  • UBER
  • Ônibus (linha regular - para mais informações consulte o site www.vadeonibus.com.br)

história e mais informações

O Rio de Janeiro, como capital e principal cidade do país, era um polo de atração para os imigrantes e muitos desses refugiados que foram inicialmente para São Paulo, posteriormente lá se fixaram. A comunidade síria (patriarcado de Antióquia), com apoio inicial da embaixada russa, e pessoalmente do czar russo Nicolau II, havia concluído, em 1917, a construção de uma igreja ortodoxa consagrada a São Nicolau.

Depois que o Rio de Janeiro recebeu grande número de refugiados, esta igreja também se tornou o templo paroquiano para esta comunidade. Os recém-chegados organizaram a sua comunidade (consagrada a São Jorge, o Vitorioso). A escolha foi relacionada com o fato de que este santo é padroeiro da capital da Rússia, tendo o fundador de Moscou também o mesmo nome.

No Rio de Janeiro é um dos santos mais reverenciados, sendo feriado o dia de São Jorge. Tal vínculo visível através da adoração de um mesmo santo era consolo para os russos, privados da comunicação direta com a sua pátria histórica. Por mais de dez anos, devido à falta de clero russo e de um local próprio adequado para a oração comum e para reuniões, a comunidade continuou frequentando a igreja de São Nicolau.

Em 1930, a comunidade enviou uma carta a Paris, dirigida ao mitropolita Evlógui Gueorguiévski, então administrador eclesiástico das paróquias ortodoxas russas na Europa ocidental, rogando que enviasse um sacerdote ao Brasil para atender à colônia russa. O metropolita Evlógui atendeu ao pedido com compreensão, nomeando para o Rio de Janeiro o hieromonge Mikhei Ordîntsev que, naquele momento, se encontrava no Peru e, posteriormente, foi transferido para São Paulo.

Em 28 de abril de 1933, em reunião do conselho administrativo da paróquia, N.M. Shielkunov apresentou a proposta de construir uma igreja, e ele mesmo foi encarregado de elaborar o seu regulamento. Somente em 1934, após o registro da comunidade ortodoxa russa como pessoa jurídica, os russos puderam adquirir em seu nome, com pagamento a prazo, um terreno no bairro de Santa Teresa para construir a sua igreja (a última parcela pelo terreno foi paga somente em 1941).

Para angariar os recursos necessários para a construção da igreja, a comunidade russa organizou concertos, bailes, espetáculos e tardes teatrais. Santa Teresa foi o bairro escolhido, pois ali chegavam bondes de todos os pontos da cidade, e grande parte da colônia russa ou morava no próprio bairro ou em seu entorno. O bairro surgiu a partir do convento católico do mesmo nome, no século XVIII. Por volta de 1850, passou a ser ocupado tanto por estrangeiros como por brasileiros da classe alta que fugiam da febre amarela, construindo belas residências neste bairro elevado, onde os mosquitos vetores da moléstia tinham dificuldade em chegar. Passou a ser servido por bondes de tração animal a partir de 1872, depois substituídos por motores elétricos e, ainda hoje, as ruas do bairro continuam cortadas pelos trilhos, pois, até 2012 transitava um bonde turístico que deverá ser reinaugurado em breve.

Posteriormente o bairro passou a ser o preferido dos intelectuais e artistas. Até hoje Santa Teresa é uma espécie de Montmartre brasileira. As ruas estão cheias de bares, restaurantes, ateliês e lojas turísticas. O morro de Santa Teresa fica ao lado do centro da cidade. De manhã cantam pássaros e os macacos saguis sobem nas árvores. Em sequência a esses morros, começa o Parque Nacional da Tijuca, cuja floresta ocupa sete por cento do território da cidade. É o maior parque urbano do mundo. Ao Parque da Tijuca está relacionada a história do primeiro projeto ecológico no Brasil. Durante o ciclo do café toda a vegetação dos morros foi cortada e substituída por cafezais. Então, por ordem do Imperador Pedro II, as plantações foram transferidas para fora da cidade e os morros reflorestados com a vegetação nativa. Caso hoje o Rio de Janeiro não tivesse a Floresta da Tijuca, a temperatura seria muito mais alta nos dias de calor. A Floresta da Tijuca é “o pulmão da cidade”. Em Santa Teresa moram hoje 45 mil habitantes. O bairro é conhecido pelos seus prédios históricos, tombados pelo Estado.

Nos anos 1980, a igreja ortodoxa russa foi incluída na lista de monumentos arquitetônicos do patrimônio histórico e cultural da cidade do Rio de Janeiro. O projeto do templo, no estilo das igrejas russas da cidade de Pskov do final do século XIII e início do século XIV, sendo a planta da obra feita pelo engenheiro Konstantín Dmítrievitch Trofímov, que combinava admiravelmente os conhecimentos técnicos de engenharia com o título de arqueólogo-cientista, conhecedor da arquitetura sacra da Rússia antiga (em 1939, ele foi nomeado sacerdote e permaneceu como pároco da igreja até o ano de 1950). O acompanhamento da obra coube ao arquiteto Gleb Konstantínovich Sákharov. No momento do início da edificação principal, faleceu a sua esposa e, por esta razão, ele contribuiu com grande soma de dinheiro, pedindo que a igreja fosse sagrada a Santa Mártir Zenáide, padroeira celeste de sua esposa.

A construção da igreja teve início em 11 de agosto de 1935 com o assentamento solene da primeira pedra, feito pelo arcebispo de São Paulo e do Brasil Feodóssi Samoilovich e pelo mitropolita de Tiro-Sidon, Elías Dib, da igreja ortodoxa de Antióquia. Em 29 de agosto de 1937, na presença de grande número de fiéis, o arcebispo Feodóssi sagrou a igreja e seu altar em homenagem a Santa Mártir Zenáide (Liturgia in memoriam feita em 24 de outubro, segundo o calendário gregoriano). Praticamente todas as famílias russas, que moravam então no Rio de Janeiro, contribuíram financeiramente para a construção e trabalharam pessoalmente nas obras em suas horas livres e, graças a isto, a igreja foi construída em um prazo recorde, mesmo pelos padrões modernos. Terminada a construção, formou-se uma comunidade paroquiana bem sólida e numerosa. O padre Gueorgui Gordov, jurisprudente que, antes da revolução governou uma pequena cidade na Criméia, foi o primeiro pároco da Igreja de Santa Zenáide.

Após a primeira leva da emigração russa da Rússia e da França (1921-1924) para o Rio de Janeiro, a comunidade recebeu muitos emigrantes russos da Europa pós-guerra (1947-1955) e, também, um número ainda maior vindo da China. Com a chegada ao Brasil dos russos da China, que antes dos anos 1940 tinham vida eclesiástica bastante intensa, abriu-se uma nova página na história desta igreja. O período do florescimento da vida religiosa na igreja e na comunidade aconteceu nos anos 1950-63. O coral teve, nos melhores tempos, até 25 vozes. Foi dirigido por Boris Evguénievich Kiríllov, oriundo com sua família de Harbin (China), tendo sido regente do coral ao longo de muitos anos. Além de acompanhar as liturgias, o coral deu concertos públicos e no Ministério da Cultura. De 1956 a 1959 a comunidade arcou com os custos de obras de contenção do terreno e da reconstrução das edificações existentes. Uma grande soma foi oferecida para isso pelo paroquiano Alexandr Mikháilovich Sinkóvski. De 1956 a 1959, foi pároco da igreja o padre Nikolai Paderin (bispo Nikandr). Em 1967, ele se tornou bispo do Rio de Janeiro e vigário do arcebispo Feodóssi da eparquia da Igreja Ortodoxa Russa no Estrangeiro e, posteriormente, dirigente (arcebispo) da eparquia de São Paulo da Igreja Ortodoxa Russa no Estrangeiro. De 1937 a 1976, a Igreja de Santa Zenáide permaneceu sob a jurisdição da Igreja Ortodoxa Russa no Estrangeiro.

Em 1964, aconteceu na paróquia um conflito do pároco com uma parte dos paroquianos. Começou um longo processo judicial. Em 1976, a paróquia passou para a Igreja Ortodoxa Autocéfala Americana. Em outubro de 1978, a comunidade da Igreja de Santa Mártir Zenáide foi visitada por Dom Theodosius Lazor, Mitropolita de Todas as Américas e Canadá, chefe da Igreja Ortodoxa Autocéfala Americana, que realizou a Divina Liturgia na igreja. Depois do ofício o sacerdote Vassíly Pawlovsky foi promovido a arcipreste. A igreja foi muitas vezes visitada pelo arcipreste Kirill Fótiev, conhecido religioso da Igreja Ortodoxa Russa no Estrangeiro. Nos últimos anos da sua vida, o arcipreste Vassíly Pawlovsky dirigiu-se ao Sínodo da Igreja Ortodoxa Autocéfala Americana, pedindo para ser liberado das obrigações de pároco da igreja e para ser enviado um substituto ao Rio de Janeiro.

Como as condições de vida do sacerdote nesta cidade eram limitadas, foi difícil encontrar alguém que desejasse servir em tal paróquia. Neste momento, conforme combinado com o Sínodo da Igreja Ortodoxa Autocéfala Americana, o arcipreste Vassíly manteve contato com o hierarca da eparquia sul-americana da Igreja Ortodoxa Russa, arcebispo (posteriormente mitropolita) Platón. No final dos anos 1990, o arcebispo Platón visitou muitas vezes a Igreja de Santa Zenáide a convite do pároco desta igreja e realizou a Divina Liturgia. O arcipreste Vassíly apoiava a ideia do restabelecimento da unidade canônica com a Igreja Ortodoxa Russa. Depois do falecimento do arcipreste Vassíly Pawlovsky, em 1998, as liturgias foram realizadas pelo arcipreste Anatóli Topála (posteriormente assistente do distrito brasileiro), pároco da igreja do reverendo Sérgui na cidade de Porto Alegre (Igreja Ortodoxa Russa, Patriarcado de Moscou).

No início de 1999, a comunidade, por decisão da assembleia-geral, na presença do substituto do presidente do Departamento das Relações Estrangeiras Religiosas do Patriarcado de Moscou, arquimandrita Theofán Ashúrkov, atualmente mitropolita de Tcheliábinsk e Zlatoúst , expressou o desejo de ingressar no Santo Patriarcado de Moscou e de Toda a Rússia, o que aconteceu no mesmo ano. O novo regulamento da paróquia, aprovado pela assembleia-geral que presentemente regula as suas atividades, foi registrado no Ministério da Justiça do Brasil em 27 de janeiro de 2000 e em cartório no Rio de Janeiro, em 10 de fevereiro de 2000. De janeiro de 2000 a outubro de 2001, o pároco Sérgui Ziathkóv, com recursos do Patriarcado de Moscou e doações de paroquianos, reparou parcialmente a casa do clero e concretou o pátio da igreja. Em 6 de outubro de 2001, o Sínodo Sagrado da Igreja Ortodoxa Russa designou como pároco o sacerdote Pável Feoktístov.

Em 2002, a comunidade russa do Rio de Janeiro festejou solenemente o 65º aniversário da sagração da igreja. Na mensagem de congratulações que enviou para a paróquia, o presidente do Departamento das Relações Estrangeiras Religiosas, mitropolita Kirill de Smolensk e Kaliningrado, foi assinalado que a então Igreja de Santa Mártir Zenáide “continua sendo para os nossos compatriotas a personificação da conexão viva que os liga à pátria distante, mas infinitamente querida”, e “a comunidade, consolidada pela unidade da fé e do amor, continua servindo para o alto objetivo de reunir os filhos de Deus dispersos (In. 11, 52) e conduzi-los para a proteção da Santa Igreja”. Em dezembro de 2003, com recursos do Patriarcado de Moscou, teve início a primeira grande reforma da sua história, na qual se realizou o revestimento do altar e da parede de iconóstase com mármore branco combinado com granito azul, extraído na Bahia, e madeira de uma espécie de carvalho que cresce no Brasil.

Com doações, foi realizada a restauração de ícones da igreja. Em 19 de fevereiro, foi realizada uma liturgia de grande sagração da igreja. A sagração foi realizada pelo mitropolita de Smolensk e Kaliningrado, Kirill, presidente do Departamento das Relações Estrangeiras Religiosas do Patriarcado de Moscou (atualmente é o Patriarca de Moscou e de Toda a Rússia), e pelo mitropolita argentino e sul-americano Platón em liturgia conjunta com o clero brasileiro. Na base do altar e no antimins, entregues pelo Santíssimo Patriarca de Moscou e de Toda a Rússia, foram colocadas relíquias de um dos novos mártires, vítima durante as perseguições da Igreja Cristã no século XX – santo mártir Sérgui Rakveréjski (dia de memória – 30 de janeiro).

Fonte: www.riorussa.cerkov.ru

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