Escondida em um palacete de 1894 localizado no centro da cidade e com uma belíssima decoração art-nouveau, está a histórica Confeitaria Colombo.
Bem mais que a luxuosa Pâtisserie idealizada pelos imigrantes portugueses Joaquim Borges de Meireles e Manuel José Lebrão, a Confeitaria se tornou parte da história da cidade e hoje é um patrimônio cultural e artístico do Rio de Janeiro. Ponto de encontro de artistas, políticos, intelectuais e um extenso rol de clientes célebres da sociedade brasileira no século passado, seu interior nos permite ter uma pequena ideia do que foi a Belle Époque na capital da República.
O local, que já foi espaço para debates engajados e decisões políticas, atualmente figura entre os 10 cafes mais belos do mundo, portanto é um programa imperdível.
A confeitaria é dividida em salões, cada um com uma finalidade específica e uma lotação máxima definida. Uma adaptação para os dias atuais que pudesse atender os mais variados clientes de uma grande metrópole.
Quase todas as guloseimas são de fabricação própria, e a grande maioria de receitas originalmente portuguesas. O destaque fica por conta dos clássicos Chás da Tarde, que possuem temporadas específicas, e onde são servidos mais de 60 itens entre bebidas, frios, biscoitos, geleias, salgados e doces.
A Confeitaria também abre suas portas para eventos particulares para até 350 pessoas, não são raros os casamentos, aniversários e eventos corporativos realizados no local.
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A Confeitaria Colombo é a memória viva da belle époque do Rio de Janeiro antigo, situada na rua Gonçalves Dias, foi fundada em 1894 pelos portugueses Joaquim Borges de Meirelles e Manuel José Lebrão, natural de Vila Nova de Cerveira.
Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio de Janeiro, a Casa ultrapassou a barreira do centenário, mantendo-se como um dos pontos culturais e turísticos mais famosos da cidade do Rio de Janeiro
A decoração da Colombo ainda é art-nouveau, de 1913 e nos espelhos Belgas, molduras e vitrinas em jacarandá, bancadas de mármore italiano e belíssimo mobiliário compõem ainda o ambiente de uma sofisticada beleza. Cinco cristaleiras abrigam grande variedade de doces e tortas, além de louças do princípio do século e taças de cristal com bordas de ouro. Coroando o teto, uma claraboia em mosaicos coloridos banha todo o restaurante com luz natural.
O espaço da Colombo notabilizou-se como ponto de encontro, trabalho e boêmia de políticos, jornalistas, poetas, literatos e artistas. Serviu banquetes a visitantes ilustres, como o rei Alberto da Bélgica, em 1920, e a rainha Elizabeth da Inglaterra, em 1968.
Foi palco de muitas rodas, sendo a mais famosa a dos intelectuais, da qual fazia parte Olavo Bilac, fundador da Sociedade dos Homens de Letras, em 1914. O objetivo dessa sociedade era criar uma bandeira de luta pela defesa dos "trabalhadores intelectuais" que não tinham uma remuneração adequada em jornais e revistas.
Na festa da Colombo, em 1955, quando houve o centenário de nascimento de Olavo Bilac, este foi homenageado com uma placa comemorativa na entrada da casa e, mais recentemente com um salão. O poeta era tão pontual para os diários chás da cinco que os funcionários sempre acertavam os relógios da casa assim que ele chegava.
Outro famoso frequentador era o poeta Emílio de Menezes, que chamava a Colombo de seu local de trabalho. O poeta, às vezes, escrevia com lápis nas mesas de mármore e se beneficiava dos favores do proprietário da época, pagando suas despesas com sonetos de propaganda para a Colombo.
Ele é também o autor do célebre "hino à dentada", em que chamou a Colombo de "verdadeira sucursal da Academia", referindo-se à Academia Brasileira de Letras, e aos seus escritores que ali frequentavam, entre eles Machado de Assis.
Guimarães Passos, amante das bebidas, grande palestrante e poeta, era outro que frequentava a roda de Olavo Bilac.
Outros habitués eram José do Patrocínio, Oscar Lopes, Luis Murat, Plácido Júnior, Pedro Rabelo, Carlos Manoel, padre Severiano e Lima Barreto.
Da roda dos Presidentes da República, destacam-se Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek na história da Colombo. O primeiro, dizem, teria tramado a Revolução de 30 em um dos salões de chá da casa. Políticos como Carlos Lacerda e Negrão de Lima também frequentaram a Colombo.
Esse tradicional chá das cinco era frequentado pelas famílias cariocas de classe alta. As "cocottes", à noite, com seus coronéis, criavam um ambiente alegre e divertido.
A partir da década de 1930, a Colombo esteve presente nos famosos bailes de carnaval do Theatro Municipal, inspirando marchinhas como “Sassaricando” de 1952, que imortalizou a figura do “velho na porta da Colombo”.
No Ano de seu centenário, em 1974, foi tema de samba-enredo da Escola Império da Tijuca, do então carnavalesco, Miguel Falabella, com a música “No Sassarico da Colombo”.
A Colombo passou por algumas reformas durante sua existência. A primeira, em 1899, trouxe a também primeira instalação elétrica, móveis de madeira e as pinturas no estilo pompeano, de Humberto Rizzoli. A segunda, em 1900, instalou vitrines de cristal hermeticamente fechadas, com seis metros de altura e montadas para exposição de doces e bebidas. Em 1913, o estilo dominante da belle époque carioca é introduzido na confeitaria. A reforma acontecida em 1922 abriu um novo espaço para a Colombo, ampliando ainda mais a tradição da casa.
Ao longo de sua atividade, a Colombo esteve nas mãos de vários sócios. Os mais destacados, seus fundadores, tomaram conta do estabelecimento até a década de 1950.
A Colombo a referência do glamour e faz parte da história do Rio e do Brasil.
Fonte: www.museu-emigrantes.org