O Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas funciona em uma casa construída no início do século XX e restaurada pela Prefeitura do Rio de Janeiro em 1997. Já em sua época, a casa, que pertenceu à mecenas Laurinda Santos Lobo, sediava saraus que atraíam os mais importantes artistas do país e personalidades internacionais. O imóvel adquirido pela Secretaria Municipal de Cultura ganhou intervenções modernistas. O Parque das Ruínas tem uma intensa frequência de público e atrai turistas de todo o mundo.
Ocupando uma considerável área no histórico bairro de Santa Teresa, o Centro Cultural dispõe de diversos espaços culturais, mas os astros são a própria casa e os mirantes. Os espaços são os seguintes:
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Inaugurado em 12 de dezembro de 1997 pela Prefeitura do Rio de Janeiro, anteriormente foi residência de Laurinda Santos Lobo. Laurinda era sobrinha de Joaquim Murtinho Nobre (nome da rua onde se situa o Parque), famoso médico e fundador da homeopatia no Brasil e destacado personagem da República Velha. A casa original foi doada a Laurinda por seu tio, que a destruiu e construiu seu palacete em estilo neocolonial. Nascida em Cuiabá em 1878, a fortuna de sua família provinha da indústria agropecuária de exportação, motor da economia brasileira na época.
Nesta casa Laurinda Santos Lobo comandava um dos mais efervescentes salões da Belle Époque carioca. Em suas festas entretinha seus convidados com música, poesia, dança e um serviço de cozinha impecável. Heitor Villa Lobos compôs em sua homenagem a peça Quattour Impressões da Vida Mundana. Além de uma anfitriã famosa, foi importante ativista pelos direitos da mulher, fundou e foi a primeira presidente do Movimento Sufragista Feminino, e também, personagem constante nas crônicas de João do Rio, recebendo a alcunha de "Marechala da Elegância".
Isadora Duncan e Antonele France se destacaram entre os convidados internacionais que, de passagem pelo Rio de Janeiro, então capital da República, visitaram e abrilhantaram esses salões. Com sua morte em 1946, a casa passou por longo período de abandono. Em meados dos anos 60, começou a sofrer saques, tendo objetos, obras de arte, mobílias, telhas e pisos roubados, começava então, o processo de arruinamento. Durante anos as “Ruínas” se tornaram residência de bandidos e traficantes, sendo desapropriada pela prefeitura, no final dos anos 70 a pedido da comunidade local.
Em 1996, a convite da Prefeitura do Rio, os arquitetos Ernani Freire e Sônia Lopes desenvolveram o projeto final da casa que une às ruínas do palacete neocolonial a estruturas modernistas.
O Parque das Ruínas é um espaço nobre para a cultura carioca com teatro, sala de exposição, circo, café e turismo.