Houve um tempo em que a ligação entre o centro e a zona sul era formada por uma orla bem recortada e com várias pequenas enseadas, como a extinta Praia do Russel e as águas da Baía de Guanabara chegavam até ao Passeio Público. Com o passar dos anos, o progresso, o aumento da população e da ocupação da cidade, foi necessário criar novas e rápidas ligações entre os vários bairros que iam se desenvolvendo.
A solução encontrada vou tomar o lugar do mar através de sucessivos aterros, primeiro para criar a Av. Beira Mar, a Praça Paris e a Avenida da Praia do Flamengo, com o desmonte do Morro do Castelo e mais tarde para criação do Aterro do Flamengo com o desmonte do Morro de Santo Antônio.
Apesar do nome, o aterro ocupa bem mais que o bairro do Flamengo, estendendo-se desde o Aeroporto Santos Dumont, no centro, até ao início da Praia de Botafogo, na zona sul, totalizando uma área de 1.325.590 metros quadrados de área gramada e arborizada em grande parte.
Inaugurado (e tombado como patrimônio histórico e arquitetônico) em 1965, por pouco não se resumiu a vias expressas ligando a zona central e a zona sul. Graças à intervenção de Maria Carlota Costallat de Macedo Soares, ou simplesmente Lota, como era conhecida a paisagista e amiga do governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda, grande responsável pela obra, o aterro se tornou o complexo de lazer que é hoje.
Esta enorme área de lazer compreende ciclovias, quadras de esporte (futebol, tênis, vôlei, basquete), estações para exercícios ao ar livre, locais para pescaria, a praia do Flamengo, pistas de patins/skate e algumas importantes atrações turísticas, tais como:
Com tanto espaço, o Aterro do Flamengo é frequentemente utilizado para grandes eventos recreativos e desportivos. Aos domingos e feriados, das 7:00 às 18:00, as vias expressas são fechadas tornando-se também área de lazer, aumentando significamente a área disponível do parque. Ocasionalmente, as pistas são usadas para competições de atletismo e ciclismo.
Bem mais além de um enorme complexo de lazer, o Aterro contou com um projeto paisagístico do renomado Roberto Burle Marx que incluiu uma grande diversidade de flora, formada principalmente, por espécies nativas selecionadas pelo próprio Burle Marx.
Infelizmente este é outro ponto do Rio que sofre com o descaso público. Por ser um parque aberto a presença de mendigos e menores infratores é constante, não sendo recomendado a permanência no parque a noite e em dias de pouco movimento. Procure conhecer o parque aos fins de semana, quando o número de frequentadores é maior e não leve objetos de muito valor.
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O Aterro do Flamengo, que ocupa a orla da Baía de Guanabara – entre o Aeroporto Santos Dumont e a enseada de Botafogo datam da década de 1950 (o parque foi projetado entre 1954 a 1959), mas suas obras só começaram em 1961, no governo de Carlos Lacerda.
O aterro foi resultado do desmonte do morro de Santo Antônio desmanchado à jatos d’água, cujas obras começaram entre 1952 e 1954, na administração do prefeito Dulcídio Cardoso, e foram concluídas em 1958, na administração de Francisco Negrão de Lima.
Os projetos urbanístico e arquitetônico que definiram a ocupação desse aterro foram feitos por Affonso Eduardo Reidy (1909-1964), então funcionário do Departamento de Urbanismo da Prefeitura do Rio de Janeiro, enquanto Burle Marx definiu o paisagismo. Os dois projetos tiveram em Lota Macedo Soares (1910-1967) a principal apoiadora. Lota era de família da elite social carioca e amiga de Carlos Lacerda antes mesmo deste se tonar governador. Apesar de não ter se formado na universidade Lota era arquiteta-paisagista, urbanista autodidata e tinha sido aluna de Candido Portinari.
Fonte: www.arquiteturaurbanismotodos.org.br