O parque está localizado na zona sul da cidade, e faz fronteira com 4 famosos bairros: Copacabana, Leme, Botafogo e Urca. O Parque Paisagem Carioca engloba o Parque Estadual da Chacrinha, onde está sua principal entrada e quase toda sua infraestrutura de uso público.
Ocupando uma área de quase 160 hectares, o parque criado em 2013, é o mais novo da cidade e abrange, além do Parque da Chacrinha, a APA (Área de Proteção Ambiental) dos Morros da Babilônia e de São João, a APA dos Morros do Leme, dos Urubus, Pedra do Anel, a Praia do Anel (estes dois últimos em área militar) e a Ilha de Cotunduba que reúnem áreas de Mata Atlântica originais e reflorestadas principalmente por um projeto iniciado em 1995, onde foram plantadas mais de 50 mil mudas de espécies nativas.
Seu nome não poderia se encaixar melhor no que o parque representa a nas surpresas de tirar o fôlego encontradas pelo caminho, como as belezas cênicas que compõem a paisagem da cidade em cenários deslumbrantes como a Praia de Copacabana, o Corcovado, o Pão de Açúcar e a Floresta da Tijuca, além de ruínas históricas como do antigo forte do Anel.
A criação do parque interrompe os planos de expansão do teleférico do Pão de Açúcar que planejava, desde seu projeto inicial, uma terceira estação no Morro do Leme, mais precisamente no entorno do Forte Duque de Caxias (Forte do Leme). O projeto fica inviabilizado pois o decreto do parque proíbe a implantação ou extensão de sistemas de transporte de qualquer natureza em sua área.
Outra grande atração do parque é ser parte da Transcarioca, um projeto de uma trilha de 180km passando pelos corredores verdes da cidade.
Acessibilidade: Caminhos adaptados a cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção em parte do parque somente.
Apesar de ser um parque parcialmente cercado e vigiado pela guarda-municipal, o local é de fácil acesso e uma parte dele bem próximo a comunidades, portanto tenha cuidado e procure se informar com os guardas locais sobre a segurança, principalmente nas trilhas.
Importante: O Parque possui três entradas, mas uma delas é por dentro de uma comunidade, a Babilônia/Chapéu Mangueira. Apesar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no local, ainda ocorrem confrontos entre traficantes e policiais esporadicamente. Fato que compromete não só a entrada pela Babilônia como também todo este trecho da trilha, que também é um dos mais belos. Portanto antes de se aventurar no Parque Paisagem Carioca, entre em contato, principalmente com a Cooperativa de Reflorestadores da Babilônia, que poderá informar a situação de segurança do local.
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No passado a região na qual se localiza o parque era coberta por uma exuberante vegetação, típica das restingas do Rio de Janeiro, enquanto as encostas de seus morros (do Leme, dos Urubus, da Babilônia e São João) estavam cobertas pela exuberante floresta do bioma da Mata Atlântica, sendo que apenas algumas escarpas mais íngremes se apresentavam parcialmente desnudas, mas mesmo assim contando com grande variedade de espécies vegetais rupícolas. Tal situação permaneceu praticamente inalterada até o século XVI, uma vez que os indígenas que viviam na região exploravam racionalmente os recursos naturais, através da caça e extração de produtos vegetais.
Com a colonização e, posteriormente, o desenvolvimento urbano, praticamente toda esta riqueza natural foi intensamente explorada até quase o seu esgotamento, contribuindo para o comprometimento da qualidade de vida dos moradores locais.
A necessidade de recuperação da qualidade ambiental aliada à conservação dos remanescentes de Mata Atlântica mobilizou, no final da década de 1980, os moradores desta região, que demandaram do poder público municipal a recuperação da região e a criação de espaços legalmente protegidos.
As iniciativas da sociedade resultaram na criação de Unidades de Conservação tais como: Área de Proteção Ambiental (APA) do Morro do Leme, Urubu e Ilha de Cotunduba (1990), a Área de Proteção Ambiental (APA) dos Morros da Babilônia e São João (1996) e posteriormente a Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana (APARU) do Complexo Cotunduba – São João (2009).
As Unidades de Conservação citadas não fazem parte do grupo de Unidades de Proteção Integral (de uso indireto dos recursos naturais), porém define regras de uso e ocupação do solo de modo a proteger a diversidade biológica (veja mais sobre a flora e fauna da região), disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
Em 2011, a partir de uma iniciativa da Prefeitura e com apoio da sociedade, foram iniciados os estudos para regulamentação da APARU do Complexo Cotunduba – São João. Estes estudos apontaram a possibilidade de criação de uma Unidade Conservação de Proteção Integral cujo objetivo básico é a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
Com o recente reconhecimento, pela UNESCO, da paisagem carioca como Patrimônio Mundial da Humanidade, na categoria Paisagem Cultural, englobando os Morros do Leme e dos Urubus e da Babilônia e São João, foi ratificada a necessidade de uma maior proteção ambiental e paisagística da região. Tais condições, associadas a nova mobilização da sociedade local, levaram o Poder Público a criar o Parque Natural Municipal Paisagem Carioca.
Fonte: www.rio.rj.gov.br