O Parque Natural Municipal da Prainha, criado em 1999 e inaugurado em 2001, está localizado na zona oeste da cidade, no bairro Recreio dos Bandeirantes, próximo as Praias do Secreto, Prainha e Grumari, as mais exclusivas da cidade. Seu acesso se dá por uma área controlada no finalzinho do Recreio e é pouco frequentada por turistas em geral, principalmente pela falta de transporte público no local.
Ocupando atualmente uma área de 146,93 hectares, o parque caracteriza-se pelo seu relevo em forma de anfiteatro, com belos costões rochosos protegendo a praia e com diferentes espécies da fauna e flora da Mata Atlântica, algumas ameaçadas de extinção.
A criação do parque foi motivada, principalmente, pelo movimento de surfistas e frequentadores da Prainha, que viram seu oásis ameaçado por um projeto para a construção de um condomínio residencial e hoteleiro no local.
O parque possui centro de visitantes, mirantes, área para piquenique e trilhas ecológicas, bem como um sistema de produção de energia renovável sustentável através de energia solar. Destaca-se o Mirante do Caeté, alcançado por um trilha relativamente fácil e bem sinalizada, coberta na maior parte do tempo, e que permite ver toda a área da Prainha e as orlas do Recreio e Barra até a pedra da Gávea ao fundo.
Por ser um parque cercado, vigiado pela guarda-municipal, de difícil acesso e longe de comunidades o local é seguro para diversão.
Por sua localização e para sua preservação o parque tem algumas particularidades:
Desde 2012, o Parque Natural da Prainha conta com o certificado Bandeira Azul, da ONG Foundation For Environmental Education (Fundação para a Educação Ambiental), uma certificação internacional concedida a praias e áreas costeiras que cumprem 33 exigências divididas em quatro áreas: educação e informação ambiental, qualidade da água do mar, segurança e gestão ambiental. As exigências visam a tornar possível a visitação com a preservação do ambiente natural.
No verão e em dias ensolarados procure chegar cedo para encontrar um lugar para estacionar pois essas vagas são disputadas com os surfistas e banhistas da Prainha.
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A área atualmente denominada de Prainha originalmente integrava as propriedades rurais conhecidas como Fazenda Camorim, Vargem Pequena e Vargem Grande, de propriedade da Cia. Engenho Central de Jacarepaguá. No ano de 1891 toda esta área foi adquirida pelo Banco de Crédito Móvel que, em 1949, desmembrou-a em quatro glebas, identificadas pelas letras A, B, C e D.
Por muitas décadas a área permaneceu intocada e somente durante os anos 70, com a abertura da Avenida Estado da Guanabara, que liga a Estrada do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes, ao Bairro de Grumari, aumentou o número de visitantes ao local. Além deste fato, por ser resguardada geograficamente e por não dispor de infraestrutura de abastecimento d’água, energia elétrica ou esgotamento sanitário, a Prainha permaneceu desocupada, transformando-se em área quase exclusivamente frequentada por surfistas.
Em 1989, foi divulgada a existência de um projeto da Construtora Santa Isabel que previa, além de um hotel, a construção de um condomínio de significativo porte na área. O referido projeto gerou diversas manifestações, lideradas pela Associação de Surfistas, todas a favor da preservação da Prainha. No mesmo ano, a Câmara Municipal elaborou um projeto de lei transformando a Prainha em Área de Proteção Ambiental.
Cabe destacar que em abril de 1990, a Prainha foi incluída na Lei Orgânica Municipal como Área de Preservação Permanente (APP), sendo que em setembro do mesmo ano foi apresentada a primeira proposta que objetivava a reurbanização da área de domínio público ao longo da Avenida Estado da Guanabara. O projeto elaborado pelo IPLANRIO e Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente instalou infraestrutura mínima no local, composta por placas informativas, quiosques de alimentação e estacionamento para carros de passeio, pretendendo, assim, compatibilizar a proteção da área ao fluxo de banhistas nos fins de semana.
A partir de 1995, a SMAC, a Associação de Surfistas e Amigos da Prainha (ASAP) e a empresa REDLEY vêm trabalhando em parceria para a implantação da infraestrutura necessária de apoio à prática do surf e à fiscalização e conservação da área.
O processo de criação do Parque Municipal Ecológico da Prainha, iniciado em 1993 e finalizado em 1999, que envolveu a aquisição da área particular contígua à praia, através de permuta por terrenos municipais e verba do FCA da SMAC, concluiu uma etapa importante do movimento pela preservação do local. Em 1999, foi criado e delimitado o Parque, através do Decreto Municipal 17.445 de 25.03.1999. Sua implementação ocorreu no final de 2001 e cujo projeto incluiu: construção de sede administrativa/centro de visitantes, sede da Associação de Surfistas e Amigos da Prainha (ASAP), equipamentos de lazer, recuperação ambiental (revegetação) e paisagística, recuperação e implantação de trilhas e sinalização ecológicas.
Fonte: www.instiguacuambiental.org.br