O Trem do Corcovado e seu passeio pela íngreme Estrada de Ferro do Corcovado é, por si só, uma atração, localizada na zona sul da cidade, no bairro Cosme Velho.
Além de ser a forma mais tradicional e charmosa de se chegar ao Cristo Redentor, o conjunto formado pelas Estações, o Trem e a Estrada de Ferro, é uma viagem pela história do Brasil. A começar pelo fato desta ter sido a primeira Estrada de Ferro para fins exclusivamente turísticos do país, e, diferente do que muitos pensam, não foi criada para levar turistas ao Cristo Redentor e sim para o cume do Corcovado, que já se tornara um movimentado ponto turístico. É também um passeio ecológico, pois trata-se de um trem elétrico, que não polui, atravessando uma das maiores florestas urbanas do mundo: o Parque Nacional da Tijuca.
A estrada foi inaugurada em 1884 (47 anos antes da inauguração do Cristo Redentor) pelo Imperador D. Pedro II e serviu, inclusive, para transportar as peças do monumento ao longo de 4 anos. Na época foi considerado um grande feito, pois o trem a vapor percorria quase 4km de linha férrea em terreno totalmente íngreme. Isso ocorreu até 1910, quando, mais uma vez, o Trem do Corcovado foi pioneiro em se tornar a primeira ferrovia eletrificada do Brasil.
A área do Trem do Corcovado normalmente é bem policiada, inclusive conta com uma cabine da Polícia Militar na praça ao lado, tornando o local relativamente seguro mas não dispensando cuidados básicos.
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A história da conquista do Corcovado data de 1824, dois anos após a independência do Brasil, quando Dom Pedro I liderou uma expedição ao topo da montanha, abrindo um caminho para o cume, na intenção de estabelecer pontos de observação para defesa da costa carioca. Pela impressionante beleza da cidade vista lá do alto o ponto de observação acabou se tornando um destino de lazer.
Com o passar dos anos e a intensificação das visitas, D. Pedro II baixou um Decreto Imperial para que fosse construída a primeira estrada de ferro exclusivamente turística do país. Os responsáveis foram Francisco Pereira Passos e João Teixeira.
A ferrovia, inaugurada em 1884, foi considerada um milagre da engenharia por percorrer tantos metros de linha férrea, em terreno totalmente íngreme. O trecho inaugurado compreendia as estações do Cosme Velho e das Paineiras, totalizando cerca de 3,7km, e o sistema adotado foi o de cremalheira, no caso o sistema “Riggenbach”, já adotado na Suíça, que consiste num um terceiro trilho central onde uma roldana ajuda na subida e na descida.
Somente em 1885 o trecho entre as Paineiras e Corcovado foi inaugurado, concluindo os 3,8 km da ferrovia. A estação deixava os visitantes a 40 metros do cume onde já existia o mirante Chapéu do Sol, um pavilhão circular de ferro construído para dar mais conforto aos visitantes que, além da bela paisagem da cidade, ainda contava com músicos que criavam o ambiente perfeito.
Em 1910 a ferrovia tornou-se a primeira ferrovia eletrificada do Brasil pelas mãos da nova cessionária The Rio de Janeiro Tramway Light and Power Co. Ltd (a atual Light S.A.) que havia assumido em 1906.
Nesse meio tempo, em 1859, um padre francês chamado Pierre-Marie Boss, admirado com a beleza do Corcovado, sugeriu a Princesa Isabel a construção de um monumento religioso. A sugestão ficou "engavetada" por longos 29 anos, quando, em 1888, a Princesa Isabel assinou a abolição da escravatura. Devido a este fato de tamanha importância para o Brasil, quiseram homenageá-la com a construção de um monumento no alto do Corcovado, e ela preferiu que fosse uma imagem do Sagrado Coração de Jesus. O decreto chegou a ser promulgado mas não foi adiante por causa da proclamação da república em 1889 quando Igreja e Estado se separam.
Somente em 1921 o projeto foi retomado para do centenário da independência, que culminou na inauguração da Monumento do Cristo Redentor em 1931.
Fonte: www.cristoredentoroficial.com.br