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1 hora
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Apesar de não haver restrição de horário para visitação, não é recomendada a visita noturna ao local.

O Largo do Boticário é um recanto bucólico da cidade, eternizado nas telas de muitos pintores, cenário e fonte de inspiração para diversos escritores, poetas e cronistas, está localizado no bairro Cosme Velho, na zona sul do Rio. O local, apesar de aparentemente pequeno, é de uma beleza rara e histórica, uma beleza que o Rio de Janeiro perdeu para o progresso.

Seu nome vem de um dos primeiros donos daquelas terras, o bem sucedido boticário Joaquim Luís da Silva Couto, dono de uma botica na Rua Direita, atual Primeiro de Março, que tinha entre seus clientes ninguém mais que a Família Real.

A entrada no Largo se dá por um pequeno beco e uma ponte sobre o rio Carioca, aliás este é um dos poucos lugares que ainda se pode ser o rio que foi tão importante para cidade durante muitas décadas.

Logo após a ponte, o que primeiro chama atenção é o conjunto de casas coloridas, em estilo neocolonial, uma verdadeira relíquia arquitetônica e cultural que, infelizmente, hoje sofre com o descaso e abandono das autoridades públicas.

Na sua época áurea, as mansões do largo foram residência de artistas plásticos, estrangeiros, intelectuais e outros ilustres moradores. O que tornava o local palco de requintadas e glamorosas festas que outras inúmeras personalidades brasileiras e estrangeiras marcavam constante presença.

O Largo, tombado pelo INEPAC em setembro de 1990, também já foi set de gravação da clássica chamada de fim de ano da TV Globo em 1973 e até para cenas do filme "007 e o Foguete da Morte".

pontos positivos
  • A recepção de sinal para celulares é razoável
  • Acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção e cadeirantes (rampas de acesso)
  • Bancos, cadeiras ou locais para descanso
  • A segurança no entorno do atrativo geralmente é razoável
  • A segurança no interior do atrativo geralmente é razoável
  • Telefone público no local ou proximidades
  • Fácil acesso com a utilização de transporte público

pontos negativos
  • Não possui banheiros
  • Não possui bicicletário
  • Próximo ao atrativo não existem ciclovias e/ou faixas compartilhadas, o que não impossibilita mas dificulta a visita para ciclistas
  • Não oferece estações para aluguel de bikes nas proximidades
  • O atrativo não conta com um quiosque/lanchonete/restaurante no seu espaço interno
  • Não existem opções de quiosques, lanchonetes ou restaurantes no entorno do atrativo
  • Próximo ao atrativo não existe nenhuma opção de comércio (farmácias, lojas, mercados, etc)
  • Pode não ser um bom programa para crianças (não há opções para distraí-las)
  • Não oferece visitas guiadas/mediadas
  • Não existem opções de Caixas Eletrônicos e Bancos no entorno do atrativo

restrições
  • Não há restrição quanto a entrada de animais domésticos

o que fazer
  • Conhecer o belíssimo conjunto arquitetônico do largo, que apesar de abandonado, não perdeu seu glamour
  • Conhecer umas das pouquíssimas parte visíveis do Rio Carioca, que já teve importância vital para cidade do Rio
  • Ficar em contato com a natureza que contorna o parque, são momentos relaxantes
  • Devido a proximidade com a Estação de Trem do Corcovado o Largo pode ser visitado enquanto se aguarda o Trem

onde estacionar
  • O local possui um pequeno estacionamento gratuito

Atenção: Este site não se responsabiliza por quaisquer problemas ou danos ocasionados no veículo estacionado nos locais aqui indicados, públicos ou particulares, seja por novas regras, exigências ou alterações (incluindo, mas não se limitando, a extinção de vagas ou estacionamentos públicos) que a Prefeitura Municipal da Cidade do Rio de Janeiro venha a fazer, ou que sejam causados por terceiros. As informações aqui expostas servem somente para efeitos de planejamento devendo ser verificadas no local quando necessárias, inclusive as regras de estacionamentos particulares.

como chegar

história e mais informações

O Largo do Boticário começou a tomar forma em 1831, quando o marechal Joaquim Alberto de Souza Silveira, padrinho de Machado de Assis, iniciou a construção da primeira casa, a atual casa de número 32 do Largo. Ao longo dos anos outras casas em estilo colonial foram sendo construídas no local.

Várias décadas depois, nos anos de 1920, durante a gestão do prefeito Antonio Prado, o calçado original em pé-de-moleque e o chão de terra foram substituídos por lajes de pedra capristana, mantendo-se assim até hoje.

Nestes mesmos anos o empresário Edmundo Bittencourt, fundador do jornal "O Correio da Manhã", comprou os terrenos ainda existentes no Largo, e reformou as casas que ali haviam para que incorporassem o estilo neocolonial, aproveitando o material de muitas construções antigas e igrejas que estavam sendo demolidas, principalmente para construção da gigante Avenida Presidente Vargas.

Nas décadas de 1930 e 1940 o Largo do Boticário tomaria a forma que encontramos atualmente, graças aos ilustres moradores da época, como Silvia Bittencourt, nora de Edmundo Bittencourt, casada com Paulo Bittencourt e o colecionar de arte Rodolfo Gonçalves da Siqueira (Ruddy), e personalidades como o ilustre arquiteto modernista Lucio Costa, que reformou as casas de forma a ressaltassem o estilo da época e Burle Marx que cuidou dos jardins de algumas das residências.

Passados os anos e os vários ilustres moradores, o Largo do Boticário em nada lembra os tempos em que exibia fachadas impecáveis e bem conservadas. Reportagens do próprio Correio da Manhã de 1961 já evidenciavam o precário estado do local. Em 2006 o casarão de número 22 chegou a ser invadido por famílias de integrantes do movimento FIST (Frente Internacionalista dos Sem-Teto) que permaneceram por alguns anos no local.

Sem condições de manter as casas, afogados em dívidas públicas, sem ajuda do poder público e até mesmo atados por este mesmo poder através de decretos, leis, Áreas de Proteção Ambiental, Áreas de Proteção Cultural, os herdeiros da família Bittencourt, ainda dona de 4 das 7 mansões, e os demais atuais donos, nada podem fazer e o que poderia ser a salvação do Largo ainda esbarra na inútil burocracia política do país. Um projeto de lei de 2012 que flexibilizaria o uso desses imóveis, hoje restritos a fins residenciais, para também servirem a fins comerciais, está parado desde 2013.

Paralelo a este projeto de lei existe um outro processo de 2006 (o decreto nº 26725 de 13 de julho) para desapropriação das quatro mansões (20, 26, 28 e 30) da família Bittencourt por ter declarado as casas de utilidade pública pelo então prefeito Cesar Maia. Sem sair do papel, um novo decreto foi lançado em 18 de março de 2013 sob o número 36910 pelas mãos de Eduardo Paes com a mesma finalidade.

Curiosidades

  • A casa do meio possui uma sacada com um belo musharabi, uma treliça de origem árabe que permitia que as mulheres olhassem para fora sem serem vistas, além de permitir a circulação de ar mesmo quando fechadas. Este elemento arquitetônico foi resultado de influências dos Mouros sobre Portugal e Espanha, quando os invasores árabes dominaram a península ibérica na Idade Média. Graças a esta influência portuguesa, o musharabi passou a ser elemento clássico da casa brasileira colonial.
  • Diz a lenda que D. João VI não gostava dos musharabis, chegando a proibir seu uso por considerá-los perigosos pois facilitariam a ocultação de alguém que quisesse assassiná-lo.
  • Durante alguns anos as casas pertenceram a somente dois donos, os herdeiros da família Bittencourt e o colecionar Rodolfo Gonçalves da Siqueira (Ruddy).
  • Apesar de parecerem pequenas, vistas do Largo, as casas são enormes, com terrenos nas casas dos milhares de metros quadrados.
  • Nem todas as casas são visíveis, algumas estão atrás das fachadas aparentes no Largo.

Fontes: Pesquisas em várias fontes.

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