A Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé é um templo especial para o Rio de Janeiro e para o Brasil. Além de ter sido a catedral até a década de 1970, foi também Capela Real, nos tempos de D. João VI, Capela Imperial, na época de D. Pedro I e D. Pedro II.
O templo é dedicado à Nossa Senhora do Carmo e foi construído como igreja do convento dos Carmelitas, que ficava exatamente ao lado. Além da imagem no altar-mor, também é possível ver a virgem representada na pintura do teto do mesmo altar, no momento em que entrega o escapulário a São Simão Stock, então prior geral da ordem Carmelita.
Além de Nossa Senhora do Carmo, a igreja também presta homenagem a outros santos. Na fachada principal está São Sebastião, e há também a homenagem à Nossa Senhora da Cabeça e a sua festa, no dia 12 de agosto, é uma das mais concorridas! (fonte: www.antigase.com.br)
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A história da Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé se confunde com a história do Brasil. Mais do que isso, ela foi o palco de alguns dos mais importantes momentos dessa história, como a coroação de Dom Pedro I e Dom Pedro II, além de cenário dos casamentos reais.
A Igreja nasceu como uma pequena ermida dedicada à Nossa Senhora do Ó, construída poucos anos da ocupação portuguesa. As escavações realizadas durante a reforma feita em 2008 revelaram vestígios de mangue, o que indica que provavelmente ela foi construída muito próxima da areia e voltada para o mar. Ou melhor, como mandava a tradição na época, voltada para Portugal.
Quando a ordem carmelita chegou ao Brasil, por volta de 1590, ocuparam as instalações dos beneditinos, entre elas, a ermida, que foi convertida em Capela da Ordem do Carmo. Em 1619, os frades iniciaram a construção de um convento, ao lado da capela e uniram os dois edifícios por de uma torre com portaria, posteriormente demolida para esticar a Rua Sete de Setembro (a torre agora existente é do século XX, realizada pelo Cardeal Arcoverde). O convento, de dois andares e 13 janelas cada, voltado para a Praça XV de Novembro seria ocupado mais tarde, pela Rainha D. Maria.
Anos depois, a capela, que estava em estado precário desabou e por volta de 1761, foi construído um novo tempo. O templo atual, da lavra de Mestre Manuel Alves Setúbal, com o nártex já voltado para o mar (a antiga capela, porém, era voltada para o convento). O Mestre Inácio Ferreira Pinto realizou a belíssima talha dourada em estilo rococó. Quanto ao exterior, apenas o primeiro andar da fachada, com os três portais em estilo pombalino lisboeta, é ainda original. Foi essa igreja que, em 1808, D. João VI transformou em Capela Real, quando chegou ao Brasil. A família real foi instalada no então Palácio dos Vice-Reis, que hoje é o Paço Imperial, e que fica na Praça XV.
Até 1976, quando foi inaugurada a Catedral Metropolitana, a Antiga Sé foi a igreja onde aconteceram algumas das cerimônias mais importantes da história do Brasil. Depois da morte de Dona Maria I, em 1816, a igreja ganhou novo sino e nova torre sineira para a aclamação de D. João VI como rei, em 20 de março do mesmo ano. Mais tarde, em 10 de dezembro de 1822, com a coroação de D. Pedro I como imperador e com o Brasil já independente de Portugal, o tempo passa a ser Capela Imperial. Mais tarde, também vai ser a igreja que acontece a coroação de D. Pedro II, além de todos os casamentos reais, como o da princesa Isabel com Louis Phillippe Gaston d’Orléans, o Conde D’Eu, em 15 de outubro de 1864.
Com a proclamação da república, a igreja é remodelada pelo Cardeal D. Joaquim Arcoverde e é inaugurada como Catedral Metropolitana em 1º de maio de 1900.
Fonte: www.antigase.com.br