A construção setecentista foi demolida em 1929 para dar lugar a uma igreja em estilo neocolonial, com influência da arquitetura mexicana.
Os autores no novo projeto foram os arquitetos Candiota e Sá, sendo também deles o projeto da capelinha perpendicular ao Templo.
A Irmandade, composta primitivamente de escravos, foi instituíta em 1747, e tinha como padroeira Nossa Senhora da Lampadosa. Seu nome e devoção vêm de uma imagem da Virgem venerada na Ilha de Lampedusa, no Mediterrâneo, entre a Sicília e a África. A Irmandade ficou sediada até 1748 na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, também pertencente aos escravos. Com a doação do terreno, iniciaram a construção do Templo, só concluída em 1772.
Nos primeiros tempos a Irmandade realizava festas tipicamente africanas, evocando usos e costumes, com ritmos das provincias de origem.
Uma das mais interessantes era a do Rei Baltazar, em que se elegiam o Imperador e Imperatriz, aos quais eram conferidos dignidade de soberanos.
Foi nesta Igreja que Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, assistiu à sua última missa, antes de ir para a forca, em 21 de abril de 1792 (fonte: placa indicativa da igreja).
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Nossa Senhora da Lampadosa é proveniente de uma linda imagem da Virgem Maria. Esta imagem era cultuada por alguns escravos que viviam na ilha de Lampadosa, no mar Mediterrâneo até o começo do século XVIII. Eles eram provenientes da África e foram levados para a ilha escravizados por senhores italianos. Lá, por influência dos italianos, converteram-se ao cristianismo e adotaram Nossa Senhora da Lampadosa como Padroeira dos escravos e necessitados.
Lampadosa ou Lampedusa é o nome de uma ilha italiana. Ela fica situada no arquipélago das Ilhas Pelágias, no mar Mediterrâneo. Na verdade, a ilha fica mais no norte da África do que próxima à Itália. A ilha tem uma superfície de 20,2 km2 e uma população de cerca de 5 mil habitantes, que se dedica basicamente à agricultura e à pesca.
Escravos devotos de Nossa Senhora da Lampadosa foram trazidos para o Brasil na primeira metade do século XVIII. Aqui, eles continuaram com sua devoção, já enraizada em suas vidas. Logo, esses escravos começaram a influenciar outros escravos que tinham vindo direto para o Brasil e não conheciam a fé cristã. Estes escravos aqui viviam sem identidade, sem fé, sem família e com muito sofrimento. Para estes, a chegada dos irmãos de Lampadosa foi um grande alento. Um alento do céu, um alento de uma Mãe carinhosa.
Por volta de 1730, uma Irmandade foi fundada pelo grupo de escravos devotos, com o intuito de unir os escravos numa fé, numa devoção que consolasse seus corações machucados pela escravidão e pelo exílio. Chamava-se a Irmandade da Lampadosa. Essa irmandade permaneceu sediada na Igreja do Rosário e São Benedito no centro da cidade do Rio de Janeiro por alguns anos, onde era muito frequentada pelos escravos.
No ano de 1748, a Irmandade cresceu, muitos escravos aderiram à fé e ao convívio com outros escravos. Por isso, a Irmandade recebeu um terreno de Pedro Coelho da Silva e sua mulher Teresa de Jesus de Almeida.
O local era amplo e ali a irmandade construiu sua sede própria. Ali, construíram a Igreja da Lampadosa e lá, colocaram a imagem de Nossa Senhora da lampadosa. Esta Igreja aparece na história do Brasil entre os fatos acontecidos nas últimas horas de vida de Tiradentes.
Em 1930, a antiga construção teve que ser demolida por falta de segurança. No mesmo local, um novo prédio foi construído, através da atuação e projeto dos arquitetos Paulo Candiota e Eduarto de Sá. O novo prédio foi inaugurado em 1934 ou 1936.
A imagem de Nossa Senhora da Lampadosa aparece representada como uma jovem mãe que tem a mão direita um tanto elevada, com a qual segura um coração. Este coração simboliza o amor. Com o braço esquerdo Ela sustenta seu filho, o menino Jesus. Jesus, por sua vez, tem na mão direita uma pomba, que representa o Divino Espírito Santo.
Fonte: www.cruzterrasanta.com.br