O Museu da Vida é um espaço de integração entre ciência, cultura e sociedade, o Museu da Vida tem por objetivo informar e educar em ciência, saúde e tecnologia de forma lúdica e criativa, através de exposições permanentes, atividades interativas, multimídias, teatro, vídeo e laboratórios.
Por ser vinculado à Fundação Oswaldo Cruz, o Museu assume características únicas, refletindo a cultura, a missão e o compromisso social da instituição. Seus temas centrais são a vida enquanto objeto do conhecimento, saúde como qualidade de vida e a intervenção do homem sobre a vida.
Além disso, por se situar no campus da Fiocruz, uma imensa área verde em meio a uma região densamente habitada, abrigando comunidades carentes e um grande número de escolas públicas, funciona como um polo de lazer, cultura e educação em Ciência e Saúde.
A Fiocruz, que abriga o Museu, está localizada em Manguinhos, zona norte da cidade. O bairro é conhecido por ter muitas comunidades e sofrer com a falta de segurança pública, portanto não são aconselháveis visitas utilizando de transporte público. Dentro do campus da Fiocruz há uma boa segurança mas o local de acesso, a Av. Brasil, não.
No campus da Fiocruz também está um dos pouquíssimos prédios em estilo neomourisco do Brasil.
O passeio pelo Museu divide-se em:
Observações: uma ou mais atividades relacionadas acima podem não estar disponíveis no dia de sua visita. Visitantes individuais e grupos com menos de 20 pessoas são acomodados em outros grupos para poderem participar das atividades que exigem mediação. Estes visitantes podem circular livremente nos espaços do museu que não precisam necessariamente de mediação. Sugerimos entrar em contato com o local para maiores esclarecimentos.
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Única edificação neomourisca civil ainda existente no Rio de Janeiro, o Pavilhão Mourisco ou Prédio Central da Fundação Oswaldo Cruz teve sua construção iniciada em 1905 e foi projetado pelo arquiteto português Luiz de Moraes Júnior, com base em croquis de Oswaldo Cruz. O traçado do prédio assemelha-se aos palácios ingleses do período Elisabetano, com utilização de torres e ameias, a valorização da entrada principal, as grandes galerias ligando as salas laterais. Já nas fachadas, paredes, pisos e forros internos impera o estilo oriental.
O prédio foi erigido sobre uma das colinas da região, sendo um bloco imponente, com sua fachada voltada para o mar e cerca de 50 m de altura. As paredes do porão são executadas em granito retirado da própria pedreira de Manguinhos. Arrematando a base do prédio há uma cinta, também em granito trabalhado. As varandas externas têm paredes em azulejo Bordalo Pinheiro e seu piso é coberto de mosaicos franceses, cuja distribuição, em variadas cores e formas, lembra os tapetes e passadeiras árabes.
Atravessando as portas trabalhadas em peroba nacional amarela, talhadas em diversos motivos e com maçanetas americanas lavradas, em bronze dourado, chegamos ao hall. As paredes e o teto são ricamente decorados em alto relevo, com predominância de elementos geométricos e cor mate-ouro. Neste local, está localizada a escadaria nobre, toda em ferro forjado com corrimão de metal e degraus de mármore Carrara, feita na Alemanha, a partir de desenho nacional. Coroando este hall, à altura do quarto pavimento, há um vitral em cores fortes executado por Formenti & Cia.
O salão de leitura da Biblioteca, no terceiro andar, reproduz de forma mais vívida as características do estilo neomourisco. Uma elegante arcada, apoiada sobre colunas e de onde pendem estalactites, separa seus dois ambientes. As paredes e o teto são trabalhados em estuque branco com arcos, rosáceas e caneluras.
Cumpre destacar ainda os azulejos das varandas internas e laboratórios procedentes de Meissen; as fechaduras e dobradiças em bronze dourado da Yale, os gradeamentos das janelas, que apresentam dezoito desenhos diferentes; a escadaria de serviço em ferro alemão e em caracol; a louça inglesa nos banheiros; e finalmente, as luminárias alemãs, fabricadas ora em ferro fundido, ora em bronze dourado, ostentando acessórios em opalina lilás.
O elevador do Prédio Central da Fundação Oswaldo Cruz é o mais antigo ainda em funcionamento no Rio de Janeiro e foi instalado em novembro de 1909. Com estrutura em ferro de fabricação alemã, é projetado para quatro paradas, possuindo mecanismos de segurança, impedindo seu funcionamento caso alguma das portas esteja aberta. O elevador possui duas cabines: uma para passageiros e outra para cargas. A de passageiros é de mogno, luxuosamente ornamentada, com cúpula de espelhos e portas internas com cristal bisotado. O gradeamento externo foi desenhado por Luiz de Moraes Júnior e executado pela mesma empresa responsável pelo gradeamento das escadarias.
No último andar, a porção construída, destinada anteriormente a dormitórios, ocupa apenas parte da área, sendo parcialmente rodeada por um terraço cercado de ameias. Neste terraço, onde se descortina grande parte da baía e da cidade, estão localizadas as duas torres. Suas cúpulas revestidas de cobre, ornamentadas com folhas e flores de acanto, possuem aberturas circulares, protegidas por vidros circulares.
São desconhecidas as razões que levaram Oswaldo Cruz e Luiz de Moraes Junior a optarem pelo estilo mourisco. Em seu aspecto decorativo, o pavilhão central de Manguinhos lembra o Alhambra de Granada. Possui ainda certa semelhança com o Observatório de Mountsouris, na França, que Oswaldo Cruz frequentou no período em que fez sua especialização em microbiologia.
Submetido a um processo de restauração pelo Departamento de Patrimônio Histórico, o Pavilhão Mourisco passou a ostentar, desde 1994, uma iluminação monumental, concebida visualmente por Ney Matogrosso e projetada com apoio da General Eletric (GE).
As atividades
Na base do prédio, foram instalados os sofisticados equipamentos elétricos e as oficinas e serviços de apoio às atividades de pesquisa e produção. No subsolo, ficavam a câmara frigorífica, resfriada por um compressor de amoníaco, e um aparelho para a compressão de gases e produção de ar líquido.
No térreo, estava a usina elétrica, movida por dois geradores, um com motor a gás pobre, ligado a dínamo de corrente contínua, e outro a gasolina, acionado quando se interrompia o primeiro. Em outra sala, havia duas grandes centrifugadoras. O laboratório para semeadura era provido de porta dupla e três câmaras para cultura de bacilos, no interior das quais a temperatura era mantida constante por um termo-regulador acoplado aos irradiadores que percorriam as paredes, e pelos quais circulava a água aquecida pelos geradores elétricos. Funcionavam ainda neste andar o laboratório para meios de cultura, os serviços de embalagem, rotulagem e distribuição de soros e vacinas, o depósito de materiais, a tipografia e as oficinas de bombeiro, serralheria e carpintaria.
No primeiro piso, situavam-se laboratórios e as salas do curso de microbiologia. Além da sala do zelador e da oficina de vidraria, abrigava o elevador automático, a central telefônica, o relógio elétrico e um central de termômetros elétricos, que permitia verificar, a distância, a temperatura das estufas e câmaras frigoríficas.
O segundo pavimento alojava a sala de Oswaldo Cruz, bem como seu laboratório, equipado como todos os outros com móveis impermeáveis, bancadas com torneiras de gás, água, vácuo e ar comprimido, telefone e relógio elétrico de controle central. Nele, situavam-se ainda outros laboratórios, entre os quais um grande laboratório de química e física, e a sala dos serventes.
A ala norte do terceiro andar, cujo pé direito é o maior do prédio (7,70 m nas laterais e 6,40 m no corpo central), abrigava a biblioteca, com seu magnífico salão de leitura. Em 1913, esta recebeu uma grande armação de aço em quatro níveis, iluminada à eletricidade, com capacidade para 30 mil volumes. Já a ala sul alojava o museu contendo em uma estrutura de ferro e mármore em dois andares, as coleções zoológicas e anatomopatológicas da instituição.
No quarto pavimento, situava-se apenas o gabinete fotográfico de J. Pinto, com seu laboratório e sua coleção de macro e microfotografias. O quinto andar abrigava um salão de repouso e nove dormitórios, usados por professores estrangeiros em visita ou por pesquisadores sempre que eram obrigados a ficar trabalhando até mais tarde.
Na parte posterior do edifício, correspondendo a seu eixo central, eleva-se em toda a sua altura, o bloco destinado aos sanitários.
Atualmente, o Pavilhão Mourisco abriga a Presidência da Fiocruz e seus órgãos, bem como a direção do Instituto Oswaldo Cruz, o Salão de Obras Raras da Biblioteca de Manguinhos, a Coleção Entomológica, a Sala de Oswaldo Cruz e outros espaços museológicos.
Fonte: www.museudavida.fiocruz.br