O Parque Estadual da Pedra Branca é um dos maiores parques urbanos do mundo e a maior floresta urbana do Brasil, com aproximadamente 12.500 hectares (equivalente a cerca de 10% da área total da cidade e a 3 vezes o tamanho do Parque Nacional da Tijuca), sua área é coberta por vegetação típica da Mata Atlântica. O maciço circunda os bairros de Guaratiba, Bangu, Realengo, Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Grumari e Campo Grande e mais 9 outros bairros da Zona Oeste.
Dentro do parque está o ponto mais alto da cidade, o Pico da Pedra Branca, com 1.025 metros de altitude, ganhando do Pico da Tijuca por cerca de 3 metros. O pico é um dos pontos mais isolados da cidade, devido às poucas trilhas existentes e com poucas vias pavimentadas que dão acesso a sua base.
Devido ao seu tamanho o parque possui três entradas principais:
Além dessas entradas existem mais alguns pontos de apoio como guaritas e pequenos núcleos.
O parque foi criado em junho de 1974 para preservar esse remanescente florestal localizado em ponto estratégico do Rio de Janeiro e área núcleo de biodiversidade da Mata Atlântica, preservar mananciais hídricos ameaçados pela expansão urbana e proteger belíssimas paisagens naturais pouco alteradas no seu interior.
Dentro da área do parque, você encontrará centro de visitantes, com exposição permanente, áreas de lazer para toda a família, brinquedos para crianças, poços refrescantes, vias de escaladas, cachoeiras, belas paisagens, lagos e trilhas, muitas trilhas, inclusive que levam ao cume do Pico da Pedra Branca.
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A ocupação do Maciço da Pedra Branca, em particular, teve início no final do século XVI, quando Salvador Correia de Sá doou, em 1594, a seus filhos, Gonçalo e Martim Correia de Sá, as terras existentes entre Tijuca, Jacarepaguá e Guaratiba, incluindo o que hoje conhecemos como Vargem Grande, Vargem Pequena e Recreio dos Bandeirantes. No início do século XVII, os franceses tentaram, através dessa região, dominar o Rio de Janeiro, aportando em Guaratiba, atravessando o maciço e utilizando a Baixada de Jacarepaguá como passagem. Foi nesse século que a atual Estrada da Grota Funda foi aberta, ligando a Barra da Tijuca a Guaratiba.
Parte das terras (sesmaria) de Gonçalo de Sá foram doadas para os monges Beneditinos em fins do século XVII, que transformaram em prósperas fazendas (engenhos) as propriedades de Camorim, Vargem Grande e Vargem Pequena, com intensa atividade agropecuária. Até hoje existem ruínas da Fazenda Vargem Grande na antiga Estrada de Guaratiba, hoje Estrada dos Bandeirantes, no “Sítio Petra”.
No fim do século XIX, os Beneditinos vendem seus latifúndios para o Banco de Crédito Móvel. A pavimentação da Estrada da Grota Funda, cruzando o maciço, acabou por facilitar o acesso à região. A abertura de novos caminhos e trilhas passou a se intensificar, visando proporcionar o escoamento da produção, com destaque para o café.
Ainda no século XIX, iniciou-se o processo de resistência às ações de desmatamento das florestas provocadas pela cultura do café, com a introdução de ações de reflorestamento das áreas então degradadas, passando a ter as trilhas uma nova funcionalidade: a de restauração florestal. Entretanto, a cidade como um todo vivia, no início do século XX, sua expansão populacional que começava a se direcionar para as áreas elevadas, e essa função restauradora das trilhas deu lugar a vetores crescentes de avanço de população. As antigas fazendas de café foram divididas em lotes rurais e um novo cultivo passou a contribuir para o aumento da população local: a banana, atualmente cultura predominante no maciço. Grande parte desses agricultores abriram trilhas de acesso à Serra do Rio da Prata (divisa com Campo Grande) e morros voltados à Vargem Grande, Vargem Pequena, Camorim e Rio Grande, para facilitar o escoamento da produção até as estradas do Morgado, Pacuí, Cabungui, Mucuíba e Sacarrão. Mesmo tendo parte de suas florestas recuperadas, estas passaram a coexistir com aquele cultivo, com sitiantes e tropeiros utilizando mulas para o transporte desse produto agrícola, o que ocorre até hoje em diversos pontos do maciço.
Em meados do século XX o processo de intensa industrialização vivenciado pela cidade, acompanhado de grande crescimento populacional, provocou a aceleração da ocupação das encostas, e a floresta, então parcialmente restaurada, passou a viver uma nova fase de degradação. Mais uma nova refuncionalização caracterizou as trilhas do Maciço da Pedra Branca: a de veículo de degradação ambiental provocada pela ocupação populacional crescente. Esse novo ciclo foi inicialmente combatido por meio de uma ação de governo, que, preocupado com o destino dos recursos naturais, criou, em 1974, um parque compreendendo todo o maciço acima da cota altimétrica de 100 metros. As trilhas passam, então, a ter a mais importante função de toda a sua história: a de veículo de conservação/preservação ambiental e de uso público (destinadas ao lazer e ao ecoturismo).
Fonte: www.inea.rj.gov.br