Antiga residência da família real por seis gerações, a Quinta da Boa Vista encanta pela beleza de seus lagos e jardins. Uma verdadeira viagem ao Século XIX, época do episódio conhecido como a transferência da corte portuguesa para o Brasil, quando a família real portuguesa, a sua corte de nobres e mais servos e demais empregados domésticos se radicaram no Brasil, entre 1808 e 1821.
O parque, que possui uma área de 155 mil metros quadrados, sofreu algumas intervenções ao longos dos anos, uma das mais importantes foi o projeto do ilustre paisagista francês Auguste Glaziou, responsável por outros importantes jardins de cidade nesta mesma época, a mando de D. Pedro II em 1869 para que o aspecto se tornasse condizente com a condição de seus ocupantes.
Os jardins são imensos, com grandes áreas gramadas, belas e enormes árvores, próprios para bons e descontraídos piqueniques. Possui um lago com duas cavernas, com pedras e gruta artificial, um mirante em estilo pagode chinês e dentro do lago um coreto, conhecido como Templo de Apolo, ligado por uma estreita ponte imitando galhos de madeira.
No lago pode-se alugar pedalinhos e caiaques para passeios, pelo parque pode-se alugar bicicletas ou até "tricicletas" onde duas pessoas podem pedalar juntas.
Além de um bom restaurante próximo, nos fins de semana e feriados principalmente, várias barraquinhas com lanches, bebidas e sorvetes são facilmente encontradas pelo parque.
O nome Quinta da Boa Vista surgiu graças ao casarão construído na parte mais alta do terreno e que tinha uma bela vista da Baía de Guanabara.
A Quinta abriga ainda o Jardim Zoológico da cidade, o Museu Nacional de Arqueologia e Antropologia (instalado no Paço da Imperial Quinta de São Cristóvão ou Palácio de São Cristóvão, a antiga residência real) e o Museu da Fauna, sendo um dos maiores parques urbanos da cidade.
Fora do roteiro de turístico usual, o parque é frequentado basicamente pelos cariocas e os poucos turistas que procuram programas alternativos e gostam de conhecer realmente a cidade.
Infelizmente a área sofre com constantes ciclos de abandono pelo poder público. Há épocas que que o parque está conservado e seguro e outras que parece abandonado e um pouco perigoso, portanto procure visitá-lo aos fins de semana, quando o movimento, principalmente das famílias que procuram o Zoológico, é maior. Evite ficar a noite na área do parque, programe-se para sair antes do anoitecer.
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Nos séculos XVI e XVII, a área onde atualmente se localiza a Quinta, integrava uma fazenda dos Jesuítas nos arredores da cidade do Rio de Janeiro. Com a expulsão da Ordem em 1759, a propriedade foi desmembrada, tendo passado à posse de particulares.
Quando da chegada da Família Real ao Brasil em 1808, a Quinta pertencia ao comerciante português Elias Antônio Lopes, que havia feito erguer, por volta de 1803, um casarão sobre uma colina, da qual se tinha uma boa vista da Baía de Guanabara – o que deu origem ao atual nome da Quinta.
Dada a carência de espaços residenciais no Rio de Janeiro e diante da chegada da família real em 1808, Elias doou a sua propriedade ao Príncipe-regente D. João Maria de Bragança, mais conhecido no Brasil como Dom João, que decidiu transformá-la na residência real. Era uma das melhores residências do Rio naquela época. Elias foi muito bem recompensado pelo Príncipe-regente.
À época, a área da quinta ainda estava cercada por manguezais e a comunicação por terra com a cidade era difícil. Mais tarde, os trechos alagadiços foram aterrados e os caminhos por terra aprimorados.
Para acomodar a família real, o casarão da quinta, mesmo sendo vasto e confortável, necessitou ser adaptado. A reforma mais importante iniciou-se à época das núpcias do Príncipe D. Pedro com Maria Leopoldina de Áustria (1816), estendendo-se até 1821. Foi encarregado do projeto o arquiteto inglês John Johnston, que, além da reforma do paço, fez instalar um portão monumental em sua entrada, presente de casamento do general Hugh Percy, 2° Duque de Northumberland. O portão, inspirado no pórtico de Robert Adams para a "Sion House", residência daquele nobre na Inglaterra, é moldado em uma espécie de terracota denominada "Coade stone", fabricada pela empresa inglesa Coade & Sealy.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, esse portão encontra-se atualmente destacado, como entrada principal, no Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, nas dependências da quinta.
É de destacar a linha arquitetônica deste paço em próxima semelhança do Palácio da Ajuda, que, deixado para trás em Lisboa, acabou por ficar inacabado, ganhando o da Quinta da Boa Vista o relevo merecido como nova capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e do império português.
Após o casamento em 1817, D. Pedro e a Imperatriz, D. Leopoldina, passaram a residir no Paço. Ali nasceram a futura Rainha de Portugal, D. Maria II (4 de abril de 1819), nascida como Sua Alteza Imperial Dona Maria da Glória de Bragança, princesa imperial do Brasil, e o futuro imperador do Brasil, D. Pedro II (2 de dezembro de 1825). Também ali veio a falecer, em 1826, a imperatriz Dona Maria Leopoldina.
Próximo à Quinta, em um casarão presenteado por D. Pedro I, vivia Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, favorita do Imperador, com quem teve vários filhos.
Na Quinta cresceu, foi educado e viveu D. Pedro II. Entre as reformas que este Imperador empreendeu na propriedade contam-se as enormes obras de embelezamento dos jardins, executadas por volta de 1869, com projeto do paisagista francês Auguste François Marie Glaziou, as quais, muitas características originais permanecem até os dias atuais, como a Alameda das Sapucaias, um lago onde hoje pode-se andar de pedalinhos e outro onde se encontra uma gruta artificial onde pode-se alugar canoas a remo.
No Paço nasceu, em 29 de julho de 1846, a Princesa Isabel, filha de D. Pedro II com D. Teresa Cristina.
Fonte: www.wikipedia.org