Os Arcos da Lapa estão localizados bem próximo ao coração financeiro e comercial da cidade e no bairro mais boêmio de todo Rio, a Lapa. De dia a Lapa é só mais dos bairros vizinhos ao centro onde milhares de pessoas andam freneticamente no ritmo da metrópole. Mas é na noite que a Lapa se cria e mostra sua face boêmia e diversificada, com programas para todas as tribos.
Os imponentes arcos fazem parte do Aqueduto da Carioca, construído em 1723 e tinha como objetivo conduzir a água do rio Carioca da altura do Morro do Desterro (atual bairro de Santa Teresa) para a cidade. E é um dos maiores símbolos do Rio Antigo.
São 42 arcos duplos de alvenaria em estilo romano, uma altura de 17,6 metros e 270 metros de extensão, construídos por escravos e índios, cortando parte da Lapa e interligando Santa Teresa ao Centro.
Com o tempo e a expansão da cidade, transformada em capital do Império Português, o aqueduto se tornou insuficiente e obsoleto frente às necessidade de água da população e foi perdendo sua função original. Mas em 1896 a Companhia Ferro Carril Carioca inaugurou a linha elétrica de bondes do Largo do França, em Santa Teresa, até o Largo da Carioca e graças a sua impressionante e forte estrutura o aqueduto passou a servir a um outro propósito, sustentar a passagem do simpático bondinho de Santa Teresa que leva diariamente centenas de turistas e moradores do centro a este bairro e é um outro grande ícone turístico.
No entorno ainda estão outros pontos que fizeram a história da cidade, como o Circo Voador e a Fundição Progresso.
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Os primeiros estudos para trazer as águas do Rio Carioca para a cidade remontam a 1602, por determinação do então governador da Capitania do Rio de Janeiro, Martim Correia de Sá (1602-1608). Em 1624, um contrato para a construção do primitivo conduto foi firmado com Domingos da Rocha, que não chegou a iniciar os trabalhos. Em 1660, apenas 600 braças de canos estavam assentadas, tendo as obras recebido impulso em 1706, sob o governo de dom Fernando Martins Mascarenhas Lancastro (1705-1709).
Em 1718, sob o governo de Antônio de Brito Freire de Menezes (1717-1719), iniciaram-se as obras de instalação dos canos de água através da antiga Rua dos Barbonos (atual Rua Evaristo da Veiga). Sob o governo de Aires de Saldanha e Albuquerque Coutinho Matos e Noronha (1719-1725), em 1720, o encanamento alcançava o Campo da Ajuda (atual Cinelândia), ainda nos arrabaldes da cidade à época. Foi este governador quem, alterando o projeto original, defendeu a vantagem de se prolongar a obra até ao Campo de Santo Antônio (atual Largo da Carioca), optando pelos chamados Arcos Velhos – um aqueduto ligando o morro do Desterro (atual morro de Santa Teresa) ao morro de Santo Antônio, inspirado no Aqueduto das Águas Livres, que então começava a se erguer em Lisboa. A obra estava concluída em 1723, levando as águas à Fonte da Carioca, chafariz erguido também nesse ano, que as distribuía à população no referido Campo de Santo Antônio.
A solução foi paliativa, uma vez que já em 1727 se registram reclamações de falta de água, atribuindo-se à ação de quilombolas (escravos fugitivos, que viviam ocultos nas matas) a responsabilidade pela quebra dos canos. Mais tarde, o governo pediu contas ao encarregado pela conservação da obra o qual, furtando-se ao seu dever, evadiu-se. Foram estabelecidas, ainda, penas para os atos de vandalismo contra a obra.
O governador Gomes Freire de Andrade (1733-1763) determinou, em 1744, a reconstrução do Aqueduto da Carioca com pedra do país, diante do elevado custo da cantaria vinda do reino. Com risco atribuído ao brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim, recebeu a atual conformação, em arcaria de pedra e cal. A Carta Régia de 2 de maio de 1747 determinou que as águas fossem cobertas por abóbada de tijolos, para evitar o seu desvio mal-intencionado.
Inaugurado em 1750, as águas brotaram aos pés do Convento de Santo Antônio, em um chafariz de mármore, através de 16 bicas de bronze. Mais tarde essa água foi estendida, através da Rua do Cano (atual Rua Sete de Setembro), até ao Largo do Paço (atual Praça 15 de Novembro), onde os navios vinham abastecer-se.
Na segunda metade do século XIX, durante o Império e, posteriormente, diante do advento da República, novas alternativas para o abastecimento de água aos moradores da cidade do Rio de Janeiro foram sendo utilizadas. O aqueduto, a partir de 1896, passou a ser utilizado como viaduto para os novos bondes de ferro da Companhia de Carris Urbanos, principal meio de acesso do centro aos altos do bairro de Santa Teresa, até os dias de hoje.
Fonte: www.wikipedia.org