O Palácio da Ilha Fiscal está localizado numa pequena ilha bem próxima ao centro da cidade.
Com poucos e disputados horários para visitação o acesso é controlado pela Marinha do Brasil e parte do trajeto fica dentro de área militar, portanto com acesso restrito. Há duas formas de se chegar ao Palácio, de micro-ônibus ou de barco. O barco, a Escuna Nogueira da Gama, sai da Praça XV onde fica o Espaço Cultural da Marinha, o micro-ônibus sai do Museu Naval.
O Palácio, construído em 1889 em estilo neogótico, para que fosse um posto da Guarda Fiscal, foi tombado em 1990 e aberto a visitação em 1999 e vem se tornando um dos pontos turísticos de destaque na cidade.
É mais conhecido por ter sediado o Último Grande Baile do Império, poucos dias antes da Proclamação da República em 15 de Novembro de 1889.
O passeio conta com guias que contam a história do Palácio e os últimos acontecimentos importantes além de três exposições permanentes (A História da Ilha Fiscal, A Contribuição Social da Marinha e A Contribuição Científica da Marinha).
Devido a crescente procura e ao pequeno limite de visitantes, recomendamos fortemente entrar em contato com o local antes de fazer o passeio. Caso você leve um grupo recomendamos usar o serviço de agendamento através dos telefones informados.
A ilha fica em área militar, portando bem segura. Mas o local de partida fica na Praça XV, um local aberto de fácil acesso e bem no centro da cidade, portanto evite andar com muito dinheiro e objetos de valor.
- Banheiros
- Todas as visitas são guiadas
- A recepção de sinal para celulares é boa
- Acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção e cadeirantes (caminhos adaptados, rampas, banheiros adaptados)
- Agendamento de visitas de segunda a sexta, exceto feriado, das 08:30h às 11:45h e das 13:15h às 16:00h através dos telefones informados na barra de resumo
- Próximo ao local de embarque existem ciclovias e/ou faixas compartilhadas que tornam segura a visita para ciclistas
- Estações para aluguel de bikes próximas ao local de embarque (mais informações em BikeRio)
- O atrativo conta com uma lanchonete para atender seus visitantes
- Existem algumas opções de lanchonetes e restaurantes próximos ao local de emvarque
- O atrativo dispõe de uma pequena loja de souvenirs para atender aos visitantes
- Próximo ao local de embarque existem algumas opções de comércio (farmácias, lojas, mercados, etc)
- O atrativo está localizado próximo a região de hotéis, hostels, pousadas e acomodações em geral
- A segurança no interior do atrativo geralmente é boa
- A sinalização dos espaços é boa
- Telefone público no local ou proximidades
- O atrativo oferece desconto de 50% (meia entrada) para estudantes, militares e dependentes, maiores de 60 anos, menores de 12 anos, professores e portadores de necessidades especiais (informações sujeitas a alteração sem aviso prévio)
- O atrativo oferece desconto de 100% (entrada gratuita) todos os dias de funcionamento para crianças até 2 anos e guia de turismo em exercício da atividade (informações sujeitas a alteração sem aviso prévio)
- Existem opções de Caixas Eletrônicos ou Bancos no entorno do ponto de embarque
- O atrativo oferece um belíssimo visual Baía de Guanabara, ponte Rio Niterói e Pão de Açúcar
- Fácil acesso com a utilização de transporte público
- Não possui bicicletário
- A segurança até o acesso ao ponto de embarque requer atenção - Por estar localizado no centro da cidade, que sofre, principalmente, com a ação de menores infratores e moradores de rua, é aconselhável ficar atento a movimentos estranhos e evitar portar objetos de valor, que possam chamar atenção e muito dinheiro
- Não oferece sinal de Internet sem fio (Wi-Fi)
- Não permite visitação livre
- A Ilha Fiscal não funciona nas seguintes datas: Ano novo (01/01), Carnaval (móvel), Sexta-feira da Paixão (móvel), Dias de eleição, Finados (02/11), Natal (24 e 25/12) e Fim do ano (31/12)
- Não é permitida a entrada de animais domésticos
- Visitar o local onde aconteceu o último baile do imperio brasileiro
- Conhecer o Espaço Cultural da Marinha
- Ver as exposições permanentes no Palácio
- Fazer um belo passeio de barco
Atenção: Este site não se responsabiliza por quaisquer problemas ou danos ocasionados no veículo estacionado nos locais aqui indicados, públicos ou particulares, seja por novas regras, exigências ou alterações (incluindo, mas não se limitando, a extinção de vagas ou estacionamentos públicos) que a Prefeitura Municipal da Cidade do Rio de Janeiro venha a fazer, ou que sejam causados por terceiros. As informações aqui expostas servem somente para efeitos de planejamento devendo ser verificadas no local quando necessárias, inclusive as regras de estacionamentos particulares.
Atenção: Este atrativo está localizado no centro da cidade. Devido a poucas e caras opções de estacionamento recomendamos o uso de transporte público, UBER ou táxis.
Importante: Por conta das constantes obras no centro da cidade, algumas áreas descritas aqui podem não estar mais disponíveis para estacionamento, ou podem funcionar somente aos Sábados, Domingos e Feriados.
- Veículos particulares
- VLT
- Bicicleta (preferencialmente alugada pois o local não dispõe de bicicletário)
- Táxis
- UBER
- Ônibus (linha regular - para mais informações consulte o site www.vadeonibus.com.br)
- Metrô (para mais informações consulte o site www.metrorio.com.br)
- Trem (utilize a integração com Metrô na estação Central do Brasil)
O Palácio foi projetado pelo engenheiro Adolpho Del Vecchio a pedido de D. Pedro II para que fosse um posto aduaneiro.
Devido a beleza da pequena ilha naquela época, D. Pedro II não queria um simples posto alfandegário, e sim um projeto que fosse a altura da ilha. Então Del Vecchio se inspirou em um castelo típico do século XIV da cidade francesa de Auvergne para criar o Palácio e a construção foi executada com extrema qualidade. Os profissionais que trabalharam, cada um em seu ofício, merecem destaque: o trabalho em cantaria é de Antônio Teixeira Ruiz, Moreira de Carvalho se encarregou dos mosaicos do piso do torreão, um trabalho primoroso feito com diversos tipos de madeira. Os vitrais foram importados da Inglaterra, o relógio da torre é de Krussman e Cia., os aparelhos elétricos da Seon Rode. A pintura decorativa na parede é de Frederico Steckel e as agulhas fundidas foram feitas por Manuel Joaquim Moreira e Cia. O prédio da Ilha Fiscal foi inaugurada no início de 1889 pelo imperador.
Em 1990 foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e pela prefeitura, e foi aberto à visitação em 1999.
Apesar de sua beleza, a ilha era conhecida na época como Ilha dos Ratos, o nome tem duas origens, uma que diz que era pelos roedores que fugiam da vizinha Ilha das Cobras e outra diz que era por pequenas pedras cinzas, espalhadas pela ilha, que lembravam ratos.
Curiosidades
- Luxo e extravagância: o último baile foi um show de exageros. Foram mais de 2.000 convidados, algumas fontes citam 4.500, seis bandas e orquestras contratadas para animar a festa, um custo de 250 contos de réis (para se ter uma ideia era quase 10% do orçamento previsto da Província do Rio para o ano seguinte) e um exagero em alimentos (800Kg de camarão, 1.300 frangos, 500 perus, 20.000 sanduíches, 14.000 sorvetes, 10.000 litros de cerveja e 304 caixas de vinhos, champanhe e bebidas diversas além de muitos outros itens).
- Como suas fontes de inspiração na França, o projeto do palacete da Ilha Fiscal não contava com banheiros (algumas fontes citam que havia somente um). Os convidados tinham apenas poucos baldes de prata com areia dentro para fazer xixi. Quando a cerveja começou a fazer efeito, os homens não se apertaram e correram para a beira do mar. Já as madames tiveram de se ajeitar com baldes extras trazidos às pressas do continente nos cantos dos salões.
- O projeto de Del Vecchio foi contemplado com a Medalha de Ouro na exposição da Academia Imperial de Belas Artes.
- Houve uma série de aterros para aumentar a área da ilha de 4.400 m² para 7.000 m².
- Em 6 de setembro de 1893, estourou no Rio de Janeiro a chamada Revolta da Armada, durante mais de seis meses a Ilha Fiscal ficou em meio ao duelo de artilharia sofrendo vários e graves danos. Como as despesas de restauração seriam enormes, o engenheiro do Ministério da Fazenda, Miguel R. Galvão sugeriu a entrega da Ilha Fiscal ao Ministério da Marinha, em troca de algum edifício que melhor se prestasse ao serviço da alfândega. A troca só se efetuaria em 1913.
- Em 1930, a Ilha Fiscal foi ligada à das Cobras por meio de uma ponte de concreto, transformando-as em duas ilhas geminadas ou, geograficamente, em uma só ilha.
- O Palácio também guiava os navegadores. Como uma bússola, aponta os pontos cardeais e sua fachada está na direção exata do Polo Sul.
- O portal de entrada ostenta o maior brazão produzido no Império, com desenho feito pelo renomado pintor francês Jean-Baptiste Debret, e esculpido por um escravo, um auxiliar do Conde Santa Marinha. Este brasão quase foi destruído após a queda da monarquia por republicanos que desejavam apagar registros do governo anterior. Salvou-se graças ao empenho do engenheiro responsável pela construção do castelo, Adolpho Del Vecchio.
- Você também pode fazer o seu baile no melhor estilo imperial na Ilha Fiscal. O espaço é locado para eventos festivos, encontros de negócios, confraternizações e até como set de filmagens para produções cinematográficas, de televisão e publicitárias. Entre em contato através dos telefones informados para mais informações.
Arte por todo lado
- A arquitetura foi inspirada no estilo gótico das construções francesas do século XIV, cuja principal característica é o formato de curvas terminadas em ogivas.
- A cantaria é uma técnica desenvolvida pelos portugueses para o polimento das pedras, e foi muita utilizada no Palácio. A pedra utilizada foi a gnaisse, retirada do Morro do Pasmado na Urca. Entre as obras-primas dessa técnica no Palácio estão as armas imperiais, sustentadas por dragões e ladeadas pelos grifos da casa de Bragança.
- Os vitrais, coloridos a fogo, foram importados da Inglaterra, compondo todos os vãos de portas e janelas com emblemas e figuras em estilo gótico do século XVI. Alguns envoltos em artísticas molduras em cantaria, incluindo um vitral estampando o Imperador Dom Pedro II retratando o monarca vestindo o mesmo uniforme de Almirante que, ironicamente, usaria por ocasião do “Último Baile do Império”.
- No alto da torre, marcando as horas com precisão, encontra-se o relógio de quatro faces construído na Alemanha. O mecanismo, que recebe corda duas vezes por semana, funciona perfeitamente até hoje.
- No sistema de para-raios, os elementos do circuito se confundem com peças de arte, incluindo o próprio para-raios. Ornado com florões e medindo mais de 7 metros de altura, possui uma esfera armilar (símbolo do Império português), de onde parte a agulha.
Fontes: www.rioecultura.com.br / www.oriodejaneiro.com / www1.mar.mil.br